“
Está a chegar!
Desejo que nasça bem, cresça ainda melhor e que envelheça em paz, depois de uma vida de sucesso!
(Chicken Feathers)
Em 2002, no número 8 da revista Malasartes, conheci, pela caneta de Fátima Carvalho, Maurice Sendak.
Logo, apaixonei-me pelas ilustrações que vinham representadas nas páginas da revista. A maioria das ilustrações eram do livro “Where the wild things are”.
Cada vez que ia passado pelas Malasartes para fazer alguma pesquisa, a número 8 “colava-se” às minhas mãos e lá ia visitar Max e os seus monstros.
Fátima Carvalho termina o artigo assim; “ Infelizmente, até agora nenhuma editora teve o bom gosto de publicar qualquer um dos livros e Maurice Sendak em Portugal. É pena. Os livros de Sendak são divertidos, comoventes, inesgotáveis e misteriosos. Têm dado origem a acesas polémicas e debates, acerca do que é ou não aceitável em literatura infantil.Têm enriquecido a vida de milhares de crianças que se identificam com as histórias e as personagens, mesmo se muitas delas ignoram o nome do autor.”
Mas, finalmente, a editora galega, Kalandraka editou “Where the wild things are” (Onde vivem os Monstros).
A edição é de Novembro de 2009, e encontrei-o numa prateleira escondidinha na secção de livraria do El Corte Inglês.
Comprei-o!
Comparei o meu prazer de ter finalmente este livro nas minhas mãos com o de uma aluna de um 8ºano que leccionei há uns anos, que andou a pesquisar e estudar sobre uma escultura de Santiago que se encontra exposta no Museu de Arte Antiga em Lisboa. Quando depois de muito estudo para conhecer ao pormenor a peça, fomos ao Museu para a ver “ao vivo”, a aluna ficou tão emocionada que, num impulso, se abraçou à escultura.
Onde está a promoção de lançamento em Portugal? Os brasileiros, também o editaram recentemente e estão a apostar numa grande promoção desta obra, premiada com o pémio Hans Christian Andersen; The Caldecott Medal; prémio Astrid Lindgren e Melhor livro Ilustrado do, New York Times.
Na revista “Os Meus Livros” de Dezembro, vem o artigo sobre Sendak e o livro “ Onde vivem os Monstros”. No artigo, referem que a Quetzal vai editar “ O sitio das Coisas Selvagens”, romance escrito por Dave Eggers, co-autor do guião do filme(com o mesmo nome) com Spik Jonze. Este filme foi escrito/realizado a partir da obra de Sendak. Segundo o artigo, será estreado em Janeiro. Vou lá estar!
O livro, já está embrulhadinho, debaixo da árvore de Natal, esperando pela minha filha Maria. Escrevi-lhe uma dedicatória e vamos lê-lo juntas no dia de Natal!
Ilustradora belga Isabelle Vandenabeele venceu a quarta edição da Ilustrarte - Bienal de Ilustração para a Infância com xilogravuras a partir de uma obra do pintor Edgard Tytgat, anunciou no dia 2 a organização.
As três gravuras que Isabelle Vandenabeele apresentou à bienal foram consideradas pelo júri o melhor trabalho a concurso, entre as mais de 1.30
0 candidaturas à edição deste ano da Ilustrarte.
A autora verá o seu trabalho exposto na Ilustrarte em Fevereiro de 2010 no Museu da Electricidade, em Lisboa,
Isabelle Vandenabeele, que já tinha participado na Ilustrarte de 2003 e recebido uma menção honrosa na edição de 2005, concorreu com xilogravuras publicadas no livro "Prólogo de um amor partido", inédito em Portugal, numa interpretação de uma pintura do autor belga Edgard Tytgat.
O trabalho da autora belga, de 37 anos, assenta sobretudo em ilustrações impressas a partir de gravuras minuciosamente esculpidas em madeira.
Nesta quarta edição, foram ainda atribuídas
menções honrosas ao ilustrador espanhol Isidro Ferrer, que tem publicado na Kalandraka e expôs em Outubro em Cascais no Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil, a dupla italiana Alessandro Lecis e Alessandra Panzeri e o francês Martin Jarrie.
O júri que escolheu os finalistas e a obra vencedora integrou o ilustrador alemão Wolf Erlbruch, a editora francesa Brigitte Morel, a ilustradora alemã Susanne Janssen (vencedora da Ilustrarte 2007), João Branco e Luís Sanches, estilistas da dupla Storytailors, e o designer Jorge Silva.
Hoje no anúncio do prémio, o júri afirmou que foi muito difícil fazer a selecção e deixar ilustradores de fora.
"No final conseguimos reunir um catálogo diversificado e que inclui algumas surpresas", disse Wolf Erlbruch.
"A votação foi muito renhida e não foi fácil chegar ao nome final, mas a escolha é uma soma das visões dos diferentes membros do júri", disse um dos mentores da Ilustrarte, Eduardo Filipe.
A organização da Ilustrarte, a cargo dos comissários Eduardo Filipe e Ju Godinho, acolheu mais de 1.300 candidaturas de 59 países, tendo sido seleccionados 50 finalistas.
Itália continua a ser o país que regista mais participações - acima de 200 -, seguindo-se França, Espanha e Irão, com cerca de 130 ilustradores.
De Portugal foram aceites 160 candidaturas, tendo sido seleccionados os trabalhos de autores premiados na ilustração, como Gémeo Luís, André Letria, Teresa Lima, Daniel Lima, João Vaz de Carvalho e Ana Sofia Gonçalves.
Feita a selecção e escolhido o vencedor, a Ilustrarte prossegue em Fevereiro com a exposição das ilustrações dos 50 finalistas, no Museu da Electricidade, em Lisboa.
Esta será a primeira edição da Ilustrarte em Lisboa, depois de se ter realizado nas três edições anteriores no Barreiro.
(DN de 2 de Dezembro de 2009)